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O resumo do Cangaço na segundona - Parte I



No início do ano, os Cangaceiros da Bola fizeram um raio-x dos times nordestinos na segundona, num especial chamado “O Cangaço na Série B”. Pois bem, nada mais justo do que comparar os nossos palpites com a realidade, analisando tudo aquilo que rolou no ano de 2015 para os oito clubes da nossa região na divisão de acesso à elite do futebol nacional.

SANTA CRUZ

Nada melhor do que começar com o pé direito! Os Cangaceiros acertaram e cheio no palpite, colocando os tricolores, que acabaram como vice-campeões, como um dos candidatos ao acesso. É verdade que no começo da temporada houve aquele momento de tensão, visto que na sétima rodada, ainda sob o comando do técnico Ricardinho, o clube recifense ocupava a 18º colocação, agonizando com apenas uma vitória.


Daí as coisas mudaram e muito. O Marcelo Martelotte assumiu o time na oitava semana, e carregou a equipe coral para o G4 da competição. Ao todo foram 67 pontos marcados, com 20v, 7e e 11d, um aproveitamento de 58,8%, tendo 63 gols marcados e 20 sofridos. Entretanto, o que chamou a atenção de verdade foi a consistência do time nas últimas rodadas, com uma sequência de cinco triunfos, incluindo as vitórias diante do Bahia (em Salvador) e do Botafogo (no Rio de Janeiro), esta última com propriedade, aplicando um sonoro 3x0 em pleno Engenhão.


Ah, e vale lembrar que nós cravamos também o meia João Paulo como o “Cabra Macho” para ficar ligado. Dito e feito! O camisa 10 foi um dos responsáveis diretos pelo acesso do clube, com um futebol simples, objetivo e extremamente voluntarioso. Com a chegada de Martelotte, principalmente na reta final do campeonato, ele foi recuado para a posição de segundo volante, dando maior suporte defensivo e demonstrando habilidade também para a marcação.


Com o tricolor do Arruda, o núcleo de videntes dos Cangaceiros estavam mais do que corretos!


ABC

Rapaz, o buraco aqui foi mais embaixo. Cravamos o ABC de Natal como um dos figurantes no certame, mas o Alvinegro acabou caindo para a terceira divisão, numa campanha que chamou muito a atenção justamente pelo fato do time ter tido muita dificuldade para vencer dentro de casa, passando, por exemplo, todo o primeiro turno sem um triunfo em seus domínios.


Pelo campeonato estadual, com campanha invicta no segundo turno, era esperado que o Elefante conseguisse se manter na segundona, visto que o elenco pouco competitivo acabava por ser um entrave. Ao longo da competição, porém, bons nomes se juntaram ao plantel do clube, como o atacante Edno, bastante conhecido no futebol nacional, mas nada disso foi suficiente. A rotação de técnicos também não ajudou, tendo a equipe 4 comandantes ao longo da temporada.


O ABC acabou rebaixado na 18º colocação com 32 pontos, sendo 6v, 14e e 18d, aproveitamento de 28,1%. Ao todo, foram 41 gols marcados e 64 sofridos.


O “Cabra Macho” eleito por nós foi o goleiro Saulo, eleito o melhor do estadual potiguar. Porém, o arqueiro emprestado pelo Sport não foi capaz de evitar a despromoção do Alvinegro. Ao longo da temporada, ele acabou por tomar uma posição de menor destaque no grupo, fazendo atuações distantes daquelas do início do ano.

BAHIA

Para o tricolor de aço, prevíamos um futuro ambicioso dentro da competição: candidato ao título. O clube baiano fez uma verdadeira limpa no nordeste, somando atletas de grande destaque na região a nomes como Souza, Kieza, Maxi Biancucchi e Pittoni, porém é certo dizer que o Bahia morreu na beira da praia. Passou a boa parte da segundona no G4, dando toda a pinta de que seria uma equipe certa na Série A 2016, porém fraquejou nas últimas rodadas.


Dentre os jogos mais importantes que acabaram por dificultar a vida do clube, podemos citar a derrota para o Santa Cruz, em casa, na 34º rodada, e o empate diante do próprio ABC, também em casa, na 35º. Outro fator que também mexeu com o time foi a saída do técnico Sérgio Soares da metade para o final da competição. Sérgio estava no comando desde o começo do ano, e foi sob seu comando que o clube chegou a final da Copa do Nordeste, perdendo para o Ceará.


O tricolor soteropolitano acabou na 9º colocação com 58, posição que deixa clara desmotivação do plantel ao fim do certame. O recorde aponta 15v, 13e e 10d, com um aproveitamento de 50,9%. Foram 48 gols marcados e 41 sofridos.


A nossa expectativa era que Maxi Biancucchi assumisse o favoritismo e fosse um dos responsáveis pela ida do Bahia à primeira divisão. O que aconteceu, porém, foi que o primo de Messi acabou por fazer um ano bom, mas nada perto do que se esperava para um jogador de sua qualidade. As lesões, que, apesar de não terem sido sérias e sim constantes, acabaram por ser mais um fator a comprometer seu desempenho dentro das quatro linhas.

SAMPAIO CORREA

Marcamos a Bolívia Querida como um figurante, mas foi um feliz engano. O Sampaio foi mais um dos times que sentiu o gostinho da elite do futebol nacional, mas acabou ficando na beira da praia. Mas verdade seja dita, o técnico Léo Condé, a frente do clube desde o começo da segundona, teve um trabalho fantástico. É verdade que o elenco é limitado, e isso traz mais méritos ainda ao trabalho feito pelo clube maranhense.


Já que havia sido derrotado no Campeonato Estadual para o modesto Imperatriz, acabamos por considerar o Sampaio Corrêa como uma equipe a mais na competição, que não teria muitos motivos para brigar nem pelo rebaixamento e nem pelo acesso. Para nossa surpresa, o clube mostrou que tem força e uma torcida presente, e finalizou o campeonato com a 8º colocação somando 58 pontos. Pode não parecer muito, mas é algo louvável para essa equipe, para esse estado. Mostra, para o Brasil inteiro, que o futebol nordestino não se resume a Bahia e a Pernambuco. No final das contas, uma coisa é certa: a expectativa para 2016 foi lá para cima, e mostrou que não devemos duvidar da Bolívia Querida.


Apontamos como principal atleta o atacante Robert, que, na época, brigava pela artilharia do Brasil. Entretanto, o jogador acabou se transferindo no meio da temporada pra o Vitória, deixando o comando de ataque para Jheimy e Pimentinha. Os dois marcaram gols importantes, e foram fundamentais para essa boa campanha do Sampaio Corrêa.


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