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[BATE-CHAPA] Alexandre Homem de Melo e o conceito da Vermelho de Luta


O próximo domingo (13/12) pode ser considerado um dos mais esperados do ano para o Clube Náutico Capibaribe e a sede do clube, localizada na Avenida Rosa e Silva, zona norte do Recife, certamente receberá o maior número de sócios em muito tempo. As chapas Vermelhon de Luta (VL) e Náutico de Todos (NT) disputarão a preferência do eleitorado alvirrubro em busca do comando administrativo do clube no próximo biênio. Desde a semana passada, os Cangaceiros da Bola fazem uma cobertura especial sobre o bate-chapa timbu, e conversamos com representantes dos dois lados, um deles foi o candidato a vice-presidência de futebol pela VL, Alexandre Homem de Melo (AHM).


Durante toda a conversa, Alexandre pareceu estar seguro em relação a ponto em especial, aquilo que ele chamou de conceito, algo que, em sua avaliação, foi o principal deslize da MTA.

“Foi a falta de conceito. Sem conceito você não tem critério. Se você for observar, o time do primeiro ano (de gestão do MTA) tem características técnicas e táticas diferentes do time do segundo ano, isso demonstra total falta de conceito. Se estivéssemos com um conceito formado desde o primeiro ano, no segundo ano seria muito mais fácil você pregar valores ao time. Certo ou errado, o Dal Pozzo implementou um conceito, com um time de velocidade mas que falta força. Diante disso, nós vamos trazer nosso conceito, mas não vamos abandonar a espinha dorsal do time. Iremos investir na principalmente na qualidade técnica dos atletas que jogam do meio para frente, e não haverá isso de um time para o estadual e outro para o brasileiro, o trabalho é único.” – afirmou o Homem de Melo.


Ainda dentro do assunto “MTA”, o candidato ao futebol alvirrubro mostrou o seu ponto de vista em relação ao biênio de Glauber Vasconcelos. Dentre os deslizes, a falta de projeto (leia-se conceito) foi um dos mais citados.


“Tem duas avaliações. Uma que você tem que estar por dentro dos números, e os números não são o ideal, porque houve uma situação de muitas contratações e dispensa de jogadores. Entretanto, um time que faz 63 pontos nós não podemos dizer que foi tudo errado. Deixou-se uma base, deixou-se uma estrutura, mas para mim a gestão não foi boa. Colocar a culpa inteira em cima de A, B ou C, não dá, parte de toda uma estruturação. Acho que faltou muito a desejar neles na questão de unificar as parcerias, prometeram muita coisa e não foi cumprido e isso refletiu no futebol. No Brasileiro o time ainda deu uma virada, mas perdeu o acesso contra o CRB. Não há mais espaço para esse tipo de vacilo no Náutico, o torcedor já não aguenta mais. Faltou projeto social, faltou projeto para o sócio, faltou o patrocinador máster, então a gestão do último biênio não foi boa.” – Disse AHM.

Certamente, a chapa Vermelho de Luta é aquele mais apresenta projetos para as mais diversas áreas do clube, tendo até mesmo a intenção de construir uma quadra de tênis dentro da sede social do clube. Mesmo com uma base aparentemente estruturada, o que chama a atenção, até mesmo de forma inevitável, é ver na chapa apenas um nome conhecido, justamente o de Alexandre.


“Futebol você não faz do dia para a noite. Quando eu comecei, eu não era o cabeça de chave. Fiz cursos sobre o futebol, sou um estudioso do futebol, cheguei a dar palestrar para treinador. Nós fizemos todo o trabalho baseado num conceito. Trouxemos o Diógenes, um profissional da atual gestão muito bem falado pelos próprios jogadores, justamente para entender como é o elenco, qual o comportamento dos atletas, tudo isso porque no futebol temos que analisar o aspecto físico, o técnico e o psicológico.” – Completou o dirigente.


Ainda dentro deste tópico, Homem de Melo revelou que pretende contar com outros nomes no comando do futebol do clube, caso chegue ao poder.


“Também estamos trazendo o Tiago Dias, um cara que roda trabalhando com o futebol a um certo tempo, juntamente com um superintendente de futebol, que estamos praticamente fechados com o Sangaletti, formando um grupo coeso e fechado para tratar do futebol.” – Afirmou AHM.


Caso saia vitorioso do bate-chapa, a VL demonstrou ter objetivos claros. Entre as primeiras providências, Alexandre citou o Campeonato Pernambucano como uma prioridade - visto que o Náutico necessita encerrar esse jejum de títulos – e o pouco tempo no poder não é uma justificativa válida no caso de um insucesso. AHM também disse ter conversas com alguns atletas, buscando manter uma base no elenco.


“Temos que verticalizar o futebol e já pensar no Pernambucano. Eu não posso me dar ao luxo de dizer: “nós vamos tentar”, ou “chegamos agora”, tudo isso explica, mas não justifica. O Náutico não pode mais passar 12, 13 anos na fila. Então, daremos prioridade total ao Pernambucano. Manter a espinha dorsal, trazer atletas para vestir a camisa e jogar, pois vamos começar a 100 km/h. Não podemos montar um time, mas estamos trabalhando as vésperas da eleição, fazendo pré-contrato e condicionando a ganhar a eleição ou não. Não posso assinar contrato se não sou nada no clube, mas posso apalavrar. Não posso esperar o dia 13 para começar.” – Completou Homem de Melo.

Em meio a propostas, debates e até discussões entre as duas chapas durante todo este período eleitoreiro, foi considerado surpreendente a breve união da Vermelho de Luta com a Náutico de Todos. Verdade que a unificação das chapas não deu certo, durando apenas 24hrs, mas ficou claro que AHM não foi de acordo com tal atitude. Para ele, em resumo, falta conceito e critério na oposição.


“Muita gente quer o poder pelo poder. Quando tive a primeira conversa com Marcos Freitas, eu disse a ele que eu era contra a forma de conduzir o clube. Ou o cara mostra competência e tempo para trabalhar, ou não dá para ser. Não podemos ter essa vaidade. Pode ser um colaborador, que participa, dá opinião quando solicitado, mas comandar um clube pelo telefone e sentado numa cadeira, não existe mais. Ele queria compor com ele sendo presidente, o Edno como vice e a diretoria de futebol sendo formada por outros membros. Na primeira reunião eu logo disse que não aceitava, pois teria de ter uma hierarquia para implementar um conceito e um critério. Eles tiveram outra reunião, essa eu não participei, e anunciaram o Edno como vice-presidente executivo. Vieram falar comigo, e eu disse que estava fora. Quando o Edno sentou com o Marcos para decidir a diretoria e o futebol, o próprio Marcos aceitou que eu mesmo assim implementasse o conceito. No outro dia, na hora do almoço, Marcos Freitas ligou dizendo que conversou com o seu grupo e o pessoal não gostou, dizendo que o conceito era difícil de implementar e o que precisava mesmo era contratar. Em resumo, questionaram o Marcos, pois ele estava dizendo uma coisa e fazendo outra. Bem que avisei que não ia dar certo. Um é água e outro é azeite: não se mistura.” – Disse Homem de Melo.


Por fim, em meio a conceitos, critérios, estratégias, implementações e jogos políticos, Alexandre Homem de Melo se mostrou firme em seus ideais e muito lúcido em relação àquilo que o clube precisa, em sua opinião. Ainda segundo ele, o projeto da VL para o Clube Náutico Capibaribe vai muito além das quatro linhas.


“Na parte social haverá uma boa movimentação. Há membros de nossa chapa que trabalham com eventos e irão fazer com que o sócio frequente mais o clube. Daremos continuidade aos projetos de esporte, dando uma calibrada nos que estão por vir e outros que já estão aí. Temos alguns esportes que vão ter que mudar e outros que serão reforçados, dando mais opções aos sócios. Começaremos a construção da quadra de tênis e futebol society. Inclusive a quadra de tênis ficará perto do “balança-mas-não-cai”, com entrada para carros independente. Temos conversas com patrocinadores másters e parcerias para melhorar o CT, um patrimônio do clube, junto também a Prefeitura do Recife. Sentamos com Geraldo Júlio (prefeito do Recife) para negociar alguns débitos, fazendo algumas permutas com respaldo da lei. Exploraremos também o valor da marca Náutico, avaliada em R$ 34 milhões, a nível Brasil. Vamos descobrir se há quem pague pela imagem do Clube, pois isso não foi explorado.” – Finalizou o candidato.



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